quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Que venha o fim do mundo.

Tão dizendo por aí que vai acabar... fogo... água... vento... terremotos, quem sabe?
Desde do último domingo venho avisando as pessoas sobre o fim do mundo. Alguns riem. Outros fazem cara de consideração. Há aqueles que fazem cara de interrogação, tipo: qual a última coisa pra fazer então?
Boa pergunta! Estourar o cartão de crédito? Largar o emprego e passear a beira mar? Não pagar nenhuma conta? Beijar o primeiro gato ou gata que passar na rua? Disse uma amiga: Dormir agarradinha com meu marido e meu filho.
Confesso que são tantas as opções que, eu particularmente, vou ficar olhando da janela. Quieta e só. Ao contrario de qundo vim ao mundo. Contam lá em casa que foi um berreiro só e que tinha tanta gente na sala de espera que o médico teve dificuldade pra achar o meu pai, tamanha era a confusão.
Acho que os bebês choram tanto por que não sabem o que vão encontrar. Partindo do pré - suposto que já vi o que há por aqui e pior do que é aqui, não pode ser lá, imagino eu, que o fim deve ser uma variação dos tons de cinza.
Penso mesmo que o mundo deveria passar por uma recalchutada, acabar é muito radical. Uma reforma básica sabe, pintura nas paredes, umas peças novas, assim contemporâneas em tons de amarelo e azul.
Dentro dessa perpectiva reformista, botox, peeling, tratamento anti rugas, pouco ajuda se o ter se coloca adiante do ser, se o muito favorece a poucos, se os olhos se fecham nos semáforos, as mãos jogam parcas moedas sob as marquisese os corações indiferentes continuam batendo... 
Pelo visto só recalchutar, não vai adiantar, elas tinham que renascer mesmo, sendo assim, que venha o fim do mundo.
T.