domingo, 28 de novembro de 2010

Traduzindo sentimentos

"... Os muitos motivos pelos quais eu não queria mais estar casada com aquele homem são pessoais demais e tristes demais para serem compartilhados aqui. Muitos deles tinham a ver com coisas minhas, mas uma boa parte dos nossos problemas tinha a ver também com questões dele. Isso é natural: afinal de contas, há sempre duas pessoas em um casamento - dois votos, duas opiniões, dois conjuntos conflitantes de decisões, desejos e limitações... Tampouco pedirei a alguém para acreditar que sou capaz de relatar uma versão imparcial da nossa história... Também não discutirei aqui todos os motivos pelos quais eu ainda queria ficar casada com ele, nem todas as suas características maravilhosas, nem os motivos que me fizeram amá-lo e me casar com ele, nem os motivos pelos quais eu era imcapaz de imaginar a vida sem ele. Não vou abrir nenhuma dessas gavetas. Basta dizer que, naquela noite, ele ainda era, em igual medida, meu farol e minha ave de mau agouro. A única coisa mais inconcebível do que ir embora era ficar; a única coisa mais impossível do que ficar era ir embora. Eu não queria destruir a imagem de ninguém. Só queria sair de fininho pela porta dos fundos, sem causar alvoroço nem consequências, e depois só parar de correr quando chegasse à Groelândia." 

Elizabeth Gilbert "Comer, Rezar Amar"

Quando eu não consigo dizer o que estou sentindo, sempre alguém o faz, na maioria das vezes, inclusive, com mais clareza.

T

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Liberdade, eleições e respeito

Quando recebi o vídeo abaixo, motivo pra essas "mal traçadas linhas", sabia que não deveria abri-lo. Deixei para excluí-lo depois, ah se ouvisse minha intuição...

Na onda precedida de Mariana Silva, aborto e Paulo Preto estamos nadando no mar das eleições, mar esse, revolto e de céu tempestuoso, onde peixes pequenos se escondem por dentre os corais, grandes mostram as escamas e quem de peixe nada entende, fica cada dia mais abismado com a falta de respeito à natureza humana e as conquistas amplamente adquiridas com o exercício da democracia.

O Brasil vive um momento de ebulição na sua história política, estamos na eminência de eleger uma mulher para presidência da republica e ao mesmo tempo vivemos a contradição de conspurcar a liberdade conquistada, quando perdemos sistematicamente a capacidade de discernir, entre o que é engraçado, o que é de mau gosto e o que simplesmente não trás acúmulos intelectuais, políticos ou sociais.

A liberdade de imprensa, conquista do longínquo período da ditadura, é “tudo de bom”. Poder confrontar a gama de informações diárias, poder concordar, discordar ou simplesmente não opinar e não ser julgado, é sinal de crescimento, amadurecimento e acima de tudo da capacidade de respeitar as diferenças, além de poder formular opiniões concretas e condizentes a realidade.

O respeito que advém dessa liberdade é o que poderia atestar nosso crescimento enquanto povo, nação em formação e crescimento. Diferente disso é o que temos testemunhado nos jornais e TVs, sem contar na avalanche de e-mails recebidos diariamente, que difamam, aviltam e vilipendiam pessoas e instituições. A troco de que estamos vendo/vivenciando o mais desenfreado, desleal e cruel processo eleitoral pelo qual esse país já passou?

A troco de legitimar a degeneração do caráter dos homens, que em nome de seus próprios nomes tem nos mostrado a ferocidade dos grandes interesses capitalistas, usando um processo legitimo, que é DEMOCRACIA.

O vídeo em questão, nada tem haver com a discussão de programas de governo ou sobre manter a soberania nacional ou fala de como erradicar a pobreza ou demonstra um plano estratégico para melhorar qualitativamente ou quantitativamente o ensino ou comenta que tivemos avanços para as populações mais carentes e propõe outras alternativas que inclementem o PAC ou ainda trata da modernização e melhora da qualidade no atendimento do SUS, ele é um retrato estéril e desrespeitoso que ultrapassou os limites da comédia. Infelizmente alguns comunicadores, se podemos chamá-los assim, usam a Arte de maneira equívocada para expressar suas opiniões sobre questões urgentes que fazem parte da pauta do crescimento nacional.

O dia das eleições cai exatamente no dia das bruxas, uma coincidência feliz contra aqueles, que fazem do humor uma arma para debochar das próprias mazelas.

Esse vídeo do He-Mam (lembram) ilustra o que viveremos após as eleições "... o bem vence o mal... " http://www.youtube.com/watch?v=MnN3eQ07J00&feature=related

T.

Stand-up comedy em Brasília

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Coisas da vida

Um dia pensei em conhece-la melhor. A primeira vista por mera curiosidade. Galho, que me parecia  tão frágil, numa árvore genealógica tão forte. Um dia pensei em ser sua amiga. Provavelmente pelas pessoas (in) comuns, ela nem sabe, temos em nossa historia. Um dia quis ser sua amiga. Não mais por curiosidade e sim pela certeza de poder descobrir algo interessante por trás daqueles olhos tão imensos. A encontrei poucas vezes nesses anos, ainda assim, sei de coisas tão particulares de sua vida. Numa roda de samba, numa noite dia frio, ela sambava, assim meio sem jeito, perdida ao som do atabaque. Tão pequena, envolta num xale xadrez, ela se divertia. Sua filha nunca vi, mas sei que é esperta, tem seus olhos e a cor do pai. Um dia pensei em ser sua amiga. Desisti, olhares desaprovadores sempre que se encontravam com os meus, endureciam, em um Não peremptório. Segredos de alcova nunca permitiriam uma amizade sincera. Sempre solicita e com os olhos abertos num sorriso, me abraça, pergunta dos meus, me lembro que um dia quis ser sua amiga. Diz a biblía: “Nenhum servo pode servir a dois senhores, porque ou há de aborrecer a um e amar ao outro, ou há de entregar-se a um e não fazer caso do outro; vós não podeis servir a Deus e às riquezas”.

T.

As entrelinhas do processo eleitoral

É interessante, do ponto de vista das relações o processo eleitoral.
A candidadtura é algo que impregna no sangue transformando-o em um discurso inflamado, e claro, recheado de votos.
Os mais otimista 50 mil votos "fácil". Alguns mais comedidos não expressam em números seus anseios, entretanto, toda sua expressão expressa o que vai no mais profundo do seu coração: 100 mil "no mole".
Os anos de miltância e meu primeiro trabalho efetivo em campanha eleitoral me ensinaram: Voto não dá em árvore e do céu só cai chuva e avião.
O eleitor é quem detem "O Poder", haja visto o Tiririca, se voto de protesto ou não, o resultado são 1,3 milhão de votos e certamente uma píada no seu debut no plenário ou não, quem sabe?
Voltando ao candidato propriamente dito, em sua ampla maioria, pequenas lideranças de bairro, pastores, operários, médicos, donas de casa, que ontem nem sabiam o que é coeficiente eleitoral, hoje estão certos do deter O Poder, seguem rodeados de assessores: de comunicação, de finanças, de massas, até motorista vira, assessor de locomoção.
Tancredo Neves, Juscelino Kubitschek, Ulisses Guimarães e tantos outros reviram no tumulo, acho eu, quando veem desfilar, sem o menor pudor, tamanha igonorância frente a realidade e a dificuldade do processo eleitoral.
Processo esse que vai além da distribuição de santinhos, placas, outdoor ou planfltos nas esquinas. Ele exige Trabalho, Compromisso, e profundo conhecimento da realidade, não só de onde se pretende atuar, mais do âmbito social e politico e sobretudo respeito ao eleitor.
Finda corrida pelo voto. Junto com ela o naufrágio da enxurrada de votos, do início deste modesto texto, estes revertidos em minguados 250, 300, 350 votos.
Derrotados e solitários ombros adentram estas portas, antes pequenas para tantas certezas, transparecendo todo cansaço e espero eu, a vergonha por tanta falta humildade.
Pífio se mostraram os resultados. Grandes serão as discussões e distribuição dos culpados.
Revelador quanto o desconhecimento do povo pode ser fragoroso no processo democrático.
T.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Momento Marta - Medeiros

hoje me desfiz dos meus bens
vendi o sofá cujo tecido desenhei

e a mesa de jantar onde fizemos planos
o quadro que fica atrás do bar

rifei junto com algumas quinquilharias

da época em que nos juntamos
a tevê e o aparelho de som

foram adquiridos pela vizinha

testemunha do quanto erramos
a cama doei para um asilo

sem olhar pra trás e lembrar

do que ali inventamos
aquele cinzeiro de cobre

foi de brinde com os cristais

e as plantas que não regamos

coube tudo num caminhão de mudança

até a dor que não soubemos curar

mas que um dia vamos.
 
Martha Medeiros

Maturidade/ Só me falta 1 ano

Uma notinha instigante na Zero Hora de 30/09: foi realizado em Madri o Primeiro Congresso Internacional da Felicidade, e a conclusão dos congressistas foi que a felicidade só é alcançada depois dos 35 anos. Quem participou desse encontro? Psicólogos, sociólogos, artistas de circo? Não sei. Mas gostei do resultado.
A maioria das pessoas, quando são questionadas sobre o assunto, dizem: "Não existe felicidade, existem apenas momentos felizes". É o que eu pensava quando habitava a caverna dos 17 anos, para onde não voltaria nem puxada pelos cabelos. Era angústia, solidão, impasses e incertezas pra tudo quanto era lado, minimizados por um garden party de vez em quando, um campeonato de tênis, um feriadão em Garopaba. Os tais momentos felizes.
Adolescente é buzinado dia e noite: tem que estudar para o vestibular, aprender inglês, usar camisinha, dizer não às drogas, não beber quando dirigir, dar satisfação aos pais, ler livros que não quer e administrar dezenas de paixões fulminantes e rompimentos. Não tem grana para ter o próprio canto, costuma deprimir-se de segunda a sexta e só se diverte aos sábados, em locais onde sempre tem fila. É o apocalipse. Felicidade, onde está você? Aqui, na casa dos 30 e sua vizinhança.
Está certo que surgem umas ruguinhas, umas mechas brancas e a barriga salienta-se, mas é um preço justo para o que se ganha em troca. Pense bem: depois dos 30, você paga do próprio bolso o que come e o que veste. Vira-se no inglês, no francês, no italiano e no iídiche, e ai de quem rir do seu sotaque. Não tenta mais o suicídio quando um amor não dá certo, enjoou do cheiro da maconha, apaixonou-se por literatura, trocou sua mochila por uma Samsonite e não precisa da autorização de ninguém para assistir ao canal da Playboy. Talvez não tenha se tornado o bam-bam-bam que sonhou um dia, mas reconhece o rosto que vê no espelho, sabe de quem se trata e simpatiza com o cara.
Depois que cumprimos as missões impostas no berço — ter uma profissão, casar e procriar — passamos a ser livres, a escrever nossa própria história, a valorizar nossas qualidades e ter um certo carinho por nossos defeitos. Somos os titulares de nossas decisões. A juventude faz bem para a pele, mas nunca salvou ninguém de ser careta. A maturidade, sim, permite uma certa loucura. Depois dos 35, conforme descobriram os participantes daquele congresso curioso, estamos mais aptos a dizer que infelicidade não existe, o que existe são momentos infelizes. Sai bem mais em conta.


Martha Medeiros

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Tem dias que minha vontade é ficar ouvindo música, “...me entorpecer bebendo vinho”, como diria poeticamente o Ira, pra aplacar a ira que por vezes me absorve...

Como uma folha de papel quisera poder me ver em branco, à ser escrita, tanto é o caos que não ando dando conta de me reescrever, nem de escrever, quem dera...

Cinzento o céu depois da ponte, esconderam o tal do pote, fazer o que?

Espirrar. Sonhar. Chorar... Não sei... A algum tempo perdi a capacidade de raciocinar com clareza sobre as coisas de dentro de mim... Contradições não são como as canções.

FriezaXComplacênciaXEgoísmo extremo. Por que não?

Porque não é de bom tom, porque não combina com o blaze do seus olhos as oito da manhã ou ainda porque não é o que esperam.

Sim, eu também espero ônibus pela manhã e na fila do self service e pra receber minha restituição do imposto de renda e tantas outras coisas.

TODOS esperem a música acabar, minha ressaca passar e o sol parar de brilhar pra daí talvz, minha razão voltar.

E aí quem sabe...

T.

Acessos

Deveríamos nascer com chips, igual o filme “O Exterminador do Futuro”, isso pouparia espaço na memória para guardarmos coisas mais interessantes.

Os sentidos são sempre as melhores chaves, aquele perfume que ficou impregnado em nossos lençóis ou aquele fundo de erva doce na boca depois daquele jantar, que de bom, só teve o papo.

Ou ainda, meu sentido preferido, os sons que recheiam o dia a dia, Chico passando por Chiclete com Banana, balançando com Emilio Santiago ou Sorriso Maroto, a depender do véu que cai do céu, descansando, enfim e a sós, em Elis “Atrás da Porta”.

Pimenta do reino, uma pitada de curry, bastante alho na manteiga, cebola para dar cor, uns verdinhos ( manjericão, louro, cheiro verde, coentro, salsa), uma grande frigideira e uma garrafa de vinho branco displicentemente arruda a um canto da sala.

Senha da internet, de três endereços de email, senha do email do trabalho, senha das redes de relacionamentos, senha de dois bancos mais as letrinhas e hoje, no banco em que minha conta mora há uns 5 anos, recebi mais uma senha de acesso, que em nada se parecia ao aroma de hortelã ou a melodia de Ivan Lins, era um papel amarelado cuspido de dentro de uma máquina.

Considerando as incursões de Indiana Jones em cavernas atrás de relíquias judaico-cristãs, do Santo Graal e das Pedras de Sankara, mais algumas letrinhas podem me proteger das incertezas das noites de frio ou de calor, das desilusões, das esfuziantes ilusões, das avassaladoras vezes que meu coração se jogou ou finalmente daquela vitrine com sapatos cor de vinho.

Dizendo eles que é uma forma de nossa segurança não ser violada, dizendo eles...

T.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Despedida

Já não sinto mais a dor da tuda partida

Toda eu já não existe mais

Sofrimento e despedida

Expectativas de experiências vividas

Segundo cada segundo

Héculea tentaiva de superar as distâncias

De tempos em tempos, 5, 10,15 dias...


Aqui apenas obrigações e reuniões

Tudo meu não está mais aqui

Toda eu não existe mais

Já não sinto mais a dor da tuda partida

Parti pela manhã na sua boca e no seu cheiro no meu corpo.


T.

terça-feira, 27 de julho de 2010



Tem um vídeo no youtube que em determinado momento a pessoa fala: " nada mais me lembro."
Quisera eu em alguns momentos contemplar com olhos perdidos no caos da vida cotidiana, suspirar como Scarlett O`Hara em "... E o "Vento Levou" ou Meryl Streep em "As Pontes de Madison" e sussurrar "... nada mais me lembro."
Assim tenho a nítida sensação de esvaziar, liberando o peso dos ombros e o cansaço das pernas e aos poucos a respiração se estabiliza e os pensamentos voltam a ter coerência e finalmente os batimentos voltam ao normal: tum, tum, tum...
Como uma frase tão curta pode resignificar a sequência insâna de acontecimentos que me engole a cada vão momento? Não sei.
Nesse momento, "NADA MAIS ME LEMBRO".
T.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

O que fazer no final?

Imagina-lo ou vive-lo até o último ponto, com um chapéu de abas bem largas que mantenham cobertos meus olhos e toda tristeza que eles transparecem?
Mergulhada no infinito particular que é peculiar de cada um, ora boio ora me afogo em perguntas e achismos vãos... O fundo não chega nunca, melhor seria simplesmente cair...
Triste palidez que vai tomando conta do ar e da beleza do amor de outrora.
T.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010


Suado ele acorda. Espreguiça. Olha ao redor. Procura. Revira-se pela cama. Sorri preguiçoso. São 06h30min. Estamos atrasados. Todas as manhãs, ele abre um sorriso sem fronteiras, daqueles que dizem "estou pronto para o mundo". Jogo rápido, banho, chapéu, mochila e pé na estrada. O desejeum? Começou junto com o raiar do dia e vai acabar nas mãos carinhosas de quem o recebe todas as manhãs. Começou seu dia...

Um pingado e um pão na chapa, mais o silêncio daqueles que tem pressa. Combinação perfeita, à quem ainda escolhe o melhor percurso... Bolsa de mão e na boca o gosto do café de coador... Nem há tantas opções assim, contudo é bom poder elucubrar sobre as possibilidades... Decidido o caminho, a travessia é tranqüila, apesar da embarcação cheia, me deixo embalar...

Debaixo do vermelho do chapéu de abas largas, fresca, vou em busca de mim. A brisa brinca com a barra do vestido. As sandálias molhadas enrugam os pés e dá estranha sensação de frio. Já esquecida das mazelas, percalços e tristezas, paro e fito o horizonte. Tenho breve encontro comigo. Sorrio. Absorta em devaneios escuto gaivotas que parecem estar a cada minuto mais perto...

- Senhores passageiros não esqueçam seus pertences nas poltronas... Disse uma voz que nem de longe se parecia ao som das gaivotas.

Os pés secaram junto ao colorido da poesia a beira mar e deram lugar a tênis, saltos, sapatos engraxados e apressados, as charmosas abas vermelhas rapidamente se transformaram num simples guarda – chuva.

Cheguei. Acomodei as bolsas e o traseiro no computador. Tarefas a serem cumpridas. Pouca cor, quase nenhum sabor, todavia com música, para o dia não parecer tão insosso.

As horas passam...

A pressa matutina de outros, contamina, agora, meus passo. A mesma embarcação, agora sem vacilo ou cochilo. Olhos grudados no relógio. Chegar é o que move os passos.

Portão entreaberto, entro e logo encontro o mesmo sorriso "estou pronto para o mundo"... agora um pouco mais ancioso, contudo, irradiando a mesma paz do amanhecer. Como num passe de mágica esqueço a lida, fito os seus olhinhos brilhantes e felizes... Já é anoitinha.

Assim juntos, quase de mãos dadas, caminhamos para mais um encontro com o amanhecer...

T.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Despedida

Finalmente aconteceu o inevitavel: Minha exoneração será assinada!
Falei com Elias hoje e já é fato: sou ex - funcionária da SETRE. Alguns vão festejar. Espero eu que outros, mesmo que poucos, sintam tanto quanto eu. Dos males o menor já estou trabalhando e aos poucos minha vida vai retornando a forma e se Deus quiser e minha boca fechar eu também rsrsrs.

A novidade da semana é que Davi foi para o mini maternal começou hoje. Pelo relato da Tia estranhou um pouco pela manhã, chorou e depois de algumas palmas e música esqueceu pq chorava. Ainda ficou sentado no bebe conforto, tomou suco de laranja com mamão e almoçou como gente grande. Como vcs podem ver se até Davi se acostumou com a vida dura pq eu não me acostumaria.

Meus amores parece que sai fugida. Faltaram a cervejada, as lágrimas e as promessas de cartas ou emails
Disse dani: e não saiu?
Acho que sim ao mesmo tempo que acho que não.Tenho uma sensação de hiato, to igual história do marido que saiu para comprar cigarro e não voltou.

Caminho agora longe do Porto da Barra e de Copacabana também rsrsr, contudo o importante é caminhar, com a mesma fé na vida que me levou a Bahia, agora com mais responsabilidade pq tenho um rebento que a cada dia que passa "rebenta mais e mais". Sinto saudades de tudo e de todos, até das chatas que não fazem parte dos meus afetos imagine...
Daniella e seu bom humor insuportável, logo cedo ela faz piada. Rosany e as grosserias mais amorosas que já recebi. Rosane P o stress em pele de cordeiro. Pablo o macarrão da semana. Patricia e Fátima as ausências mais presente de todas. Vanda e os atrasos com as Ligers. Arielma sempre com os abraços abertos para um carinho. Eva sempre pronta para uma boa briga. Lívia responsável por gde parte das coisas que sei sobre crianças. Lucy ela é a culpada por eu estar aqui hoje - me deu o telefone do Ronaldo. Elias, chefe que me ensinou a pensar antes da explodir, as vezes me lembro disso. Selma o melhor feijão, a unha mais bem feita, meu despertador dos sábados. Rodney as melhores elocubrações sobre a vida. Gavazza camarada e amigo de trabalhosem igual. Dra Stela o carinho gratuíto em relação a mim. Gilca sempre pronta a me ajudar a resolver problemas algumas vezes meus. Chico "os seis" mais fofos de todos. Andremara atenção e carinho mesmo a distâcia. Carol me ajudou a ver e sentir melhor minha gravidez. Javier incentivador primeiro das minhas poesias. Clécia Maria cumplice das ligações de todos os tipos. Ana vivemos tempos difíceis em Sampa e em Salvador tivemos as melhores descobertas e oportunidades. Anidra um domingo na praia um beck bem apertado melhor impossível. Vida a delicadeza em pessoa. Lê da Sepromi as melhores histórias e uma ótima companhia de viagem. As Liger a melhor familia adotiva que eu poderia achar ou merecer. Alda pena não ter estreitado antes nossos laços. Marta o início de tudo...
A distância fatalmente vai nos afastar, a vida é assim mesmo, entretanto vcs vão ficar no meu coração.
Enfim...
Fuiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii

T

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Hoje é o dia de Santo rei

"Pode entra
seje bem vindo, sim Sinhô!
Se acomoda
sirva-se de café, tem chá
quiça descansar

A porta aberta
os vizinhos vem rezando
Hinos entoando
Sentimos as benções caindo
e a alegria se expandido

Para o ano
o aguardamos meu Sinhô
porta aberta, reza certa
coração aberto em flor."

T

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010




Terão castigo aqueles que não se culpam por se permitirem pequenos excessos e caprichos?

Peguei-me nessa pergunta bem sentada na padaria Colombo, a frente um café expresso e um pedaço de pudim de leite, entre turistas, cristaleiras e um cheiro de aula de história. Paguei uma fortuna por um prazer tão efêmero... Sai dali leve e com a deliciosa sensação de poder transgredir: primeiro uma leve dieta e segundo o bom senso financeiro, que prometi usá-lo em 2010 sem parcimônia.

Curto sair do escritório e andar devagar rumo às barcas são 20 minutos de caminhada, seriam 10, não fossem as descobertas diárias... Uma casa de chá ali, uma loja de sapatos acolá, um camelô, um caminho novo, vitrines e pessoas... Adoro olhar as pessoas, tanto que tomei um tombo memorável na esquina da Av. Rio Branco, no centro do Rio, tombo esse que me rendeu uma tala no braço esquerdo... Como não olhar, o cabelo dela era cor de laranja! Outro dia vi uma moça com um vestido listrado, nunca vi zebra tão elegante, quase perguntei de qual zoológico ele tinha escapado...

Domingo fui à feira, outro pequeno e caro prazer, se feita sem uma listinha. Tem lugar mais democrático que a feira? Tem gente de todo tipo, rico, pobre, preto branco, mestiço todos munidos de sacolas a procura de legumes e frutas frescas, e claro um caldo de cana bem gelado e pastel queijo, carne, pizza, frango com catupiry e tantas outras variações, importante: estar quente e bem recheado.

São pequenas coisas que me dou o direito de fazer ser “só” mãe, esposa, profissional, dona de casa, dá muito trabalho, preciso ser indivíduo de vez em quando. Admiro as mulheres que optaram pela maternidade em tempo integral, conheço mulheres que se acharam com essa opção. Eu, ainda estou impregnada do gene das mulheres do século XXI, depois do Davi com menos intensidade, contudo com as mesmas necessidades.

Confesso me senti culpada por não sentir culpa... Sai da Colombo firme no propósito de achá-la, entretanto, meus passos estavam tão leves e meu coração tão em paz que desisti da busca, perda de tempo procurar por algo tão pesado numa tarde tão ensolarada.

Ainda assim, por via das dúvidas, pedi perdão.

T

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010


Amanheceu janeiro de 2010.
Segundas para começar regimes.
Quartas de cinema.
Sextas com cerveja gelada.
Domingos de praia ou Faustão.
Sonhos a serem realizados.
Novas ilusões
Desilusões certamente.
Caminhos, escolhas, acertos e erros.
Algumas coisas vão permanecer iguais.
Outras serão renovadas pela possibilidade DE FAZER DIFERENTE.
Ter olhos de VER e ouvidos de OUVIR.
Cultivar a PACIENCIA, A TOLERÂNCIA, a COMPREENSÃO...
Para colher os brotos do AMOR nos 364 dias que se seguem.