quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Miedo Lenine & Julieta Venegas

Sons e divagações

Essa música não sai da minha cabeça "Tem dias que a gente se sente, como quem partiu ou morreu…" Da vista um céu de brigadeiro. Do ponto de vista, melhor do que se poderia supor dadas as circunstâncias… Toureio dias, durmo noites frias e amanheço entre "bom dias" e preguiça. Pequenas pernas correm logo cedo e braços que gentilmente me envolvem com falas incompletas e completamente amorosas.
Se partir for viver outras viagens e morrer for começar de novo, Chico tens razão: "Tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu…"
T.

Coisinhas bonitinhas.

Ceu de Brigadeiro - BRASIL ESCOLA.jpg
Quando a sexta-feira chega, muitas pessoas esperam as notícias do tempo para o fim de semana. Dependendo das condições climáticas, programam um dia inteiro no clube, um belo passeio na praia ou alguma outra atividade ao ar livre. Quando o prognóstico é de céu limpo e dia ensolarado, vemos que algumas pessoas dizem que o dia terá um “céu de brigadeiro”. Mas afinal, será que um dia bonito com céu azul tem algo a ver com a saborosa guloseima de chocolate?

De fato, os prazeres de um brigadeiro e um dia com o céu limpo podem ser equiparados. Contudo, se engana quem faz esse tipo de relação gastronômica para explicar a origem de tal expressão popular. A sua origem se assenta em uma antiga prática existente entre os membros da Força Aeronáutica. Na hierarquia dessa instituição militar, o brigadeiro ocupa o mais importante posto de comando da Aeronáutica. Geralmente, em razão de sua importância, esse oficial só faz voos quando o céu apresenta condições favoráveis.

A popularização do “céu de brigadeiro” aconteceu na medida em que os locutores de rádio das décadas de 1940 e 1950 tomaram conhecimento de tal prática militar. Sendo um veículo de comunicação onde as palavras têm grande impacto, vários locutores acharam interessante dizer que o dia tinha um “céu de brigadeiro”. Inicialmente, a curiosa gíria ganhou fama no Rio de Janeiro que, na época, ostentava o posto de capital do país e concentrava grande parte dos voos aéreos realizados.

É interessante ver como alguns termos percorrem uma origem completamente distante daquilo que poderíamos um dia imaginar. Sem dúvida, a língua é uma ferramenta de comunicação que permite as mais amplas possibilidades de construções simbólicas. Se porventura alguém se decepcionou com a origem desse termo, recomendamos o consumo de um prato de brigadeiros em um dia ensolarado. É um belo consolo, não?!



Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Dá vida...

"Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. O romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando, porque embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu." Luís Fernando Veríssimo

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Tá tudo bem?

Responder essa a é sempre complexo,  do ponto de vista dos resultados sim: tenho trabalho, tenho casa,  a prole com saúde e bem cuidada, o dinheiro cumpre seu papel, nem mais nem menos,  o suficiente.
Que mais posso querer eu?
Um alento. Um abraço. Uma companhia. Flores: amarelas, do campo, gérberas, até rosas. Uma boa conversa num café no fim da tarde.  Pôr do sol e uma taça de vinho branco. Menos solidão...
Chico canta: “ tem dias que a gente se sente, como que partiu ou morreu...” Gosto dessa frase. Hoje me sinto partir. Ontem me senti morrer. Como venho de trás para frente amanhã, surgirei amanhã como a Fenix, das cinzas.
Cansada. Venho correndo, enfrentando trânsito, marmita morna, um regime de trabalho rígido e colegas mau humorados. Tudo muito diferente dos dias do estado, dos dias de partido, dos dias de antigamente....
Novas decisões exigem novas estruturas e posturas. Vida nova sim, mas “coisinhas enraizadas”, são difíceis de sumir assim, na velocidade com que as coisas acontecem. Me vejo assim tentando me livrar dos excessos ao mesmo tempo que me absorvo da necessidade de fazer diferente.
Como diria alguém: Onde fica Deus em tudo isso?
Trabalhando incessantemente, com uma xicara de café fumejante em frente ao seu mega notebook. De barba feita, cabelo bem cortado e impecavelmente vestido. Da sua janela Ele vê mares, crianças nascendo, montanhas, velhos jogando dominó e vozinhas fazendo tricô, vulcões em erupção, casamentos, plantações, amores, sofrimentos, Eu e toda sorte de privilégios e sortilégios que o infinito pode supor.
Observando a forma como encaramos as coisas, contando quantas vezes murmuramos contra ele, descontado a TPM, somando os nossos esforços em nos fazer melhor, perdoando a nossa, nem sempre santa ignorância, nos mostrando sinais, ordenando anjos para nos ajudar e mantendo seu amado Filho no leme das nossas vidas.
Cabelos mais curtos evidenciam os dois únicos fios brancos. As pequenas rugas ao redor dos olhos mostram o peso das preocupações e a dificuldade de relaxar e viver um dia de cada vez. Por incrível que pareça, com uns quilinhos a menos, tanto a fazer, ainda tenho que cozinhar?
Tony Garrido canta: “Você não sabe o quanto eu caminhei, para chegar até aqui, pecorri milhas e milhas antes de dormir, eu nem cochilei, os mais belos montes escalei, nas noites de frio eu chorei.. A vida ensina e o tempo traz o tom, pra nascer uma canção, com a fé no dia-a-dia encontro solução…” 
Será que respondi sua pergunta?


T.