quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Tenho saudades de tantas coisas que penso ter 100 anos, anos confeitados de um colorido sem fim, enfeitados de pingentes de risos, café e camafeu. Anos de lágrimas, lágrimas, que hoje percebo, apenas saiam dos olhos.

A vida real não tem poesia, ao contrário, tem um trânsito infernal, pouca grana, uma quantidade de gente enlouquecedora e uma sensação de tristeza sem fim. Dias em que as lagrimas são sentidas porque vêem do coração.


A realidade aportou no meu cais, sem mais e com muitos porquês, daqueles que vem sem resposta... Viver se tornou um triste exercício de perdas e não estou falando de quilos a mais.... Logo eu que fujo da academia...

As ondas que já passaram pelo meu mar, perderam o sentido e diminuíram seu significado... Hoje vejo são marolas do ponto de vista das responsabilidade e das relações....

As vezes acho que vou sucumbir... Amadurecer é isso

O fruto da minha arvore é LINDO, seu sorriso é compensador, enfim a maternidade é fantástica...

A minha pergunta é: o que resta de mim, só eu, não importa?Tenho dificuldade de aceitar que talvez não.

Amadurecer é isso?

Saudades dos últimos cem anos.

T.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

As flores e os floretes são armas em punho a depender das circunstâncias e necessidades.
Somos uma sequência, muitas vezes injusta, de fatos e supostos acasos, apesar de acreditar piamente que o ACASO não existe. Existem encontros, desencontros e anjos que desesperadamente correm no espaço, para fazer com que nós enxerguemos todos os sinais enviados pelo Criador para que as flores sempre vençam a batalha do dia a dia.
As pétalas e as balas são instrumentos que podem nos cobrir, depende apenas do que somos capazes de fazer brotar em nosso coração, em nossa mente e principalmente em nossas línguas...
A vida faz de nós soldados armados esquecidos das possibilidades de abrir as abotoaduras e voar sem limites por sóis e luas, ou apenas andar despreocupadas com um sorteve em punho, no meu caso a beira mar ou ainda na Av. Paulista em qualquer horario, ou pela rua de casa e abstraída pela beleza das pequenas coisas, notar uma flor azul escondida dentro da fumaça do cotidiano.
A vida, AMÉM, é uma questão de escolhas, só de escolhas.
T.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

O Caminho, a Verdade e a Vida

A pergunta de porque cá estamos,
não interessa mais
Como não interessa
O que já fizemos, quantos magoamos,
ou quantas flores pisoteamos.
Já basta de lágrimas
de dores, desamores...
Hora essa, de destravarmos janelas,
desatarmos nós.
Nós seres duais, homens e mulheres,
hoje, agora já sem medo, sentimos a luz,
nesse momento aprendemos a amar,
se doar a quem possa interessar.
A serviço.
Não mais caminhos a esmo.
Travestidos de amor ricos de perdão,
caminhamos reto, juntos.
Rumo aos braços abertos
Entregues a Jesus!

Feliz Páscoa

T

sexta-feira, 27 de março de 2009

É assim, às vezes.

Onde, longe
Quando, ontem
Porque agora?
Não sei
Presa em obrigações
Me re-vejo entre lágrimas
vivendo uma procissão de pensamentos
num vulcão de sentimentos
tristes e silenciosos
Resistentes
ao céu, à melancolia, à chuva.
Igual a ontem
As afinidades versus as diferenças
A convivência
Um futuro...
Dificuldades
Que oferecem riscos irrefutáveis
Não permitindo desacertos paralelos
Quantas,
Armas, disfarces, metades...
Distantes
Do real
Do mal
Do que seria de mim
Por mim
Em mim.

T.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Bocas.



Que sabor é esse
á excitar a mente
extenuar o sangue
e nos secar as entranhas?

Essa cor a tingir o dia
Turvar os olhares
e umedecer os lábios?

O cheiro inebriante
que entorpece os sentidos
mas acelera as fantasias
Onde?

Na calada dos becos,
no escuro dos cantos,
Aos mais afoitos, na claridade do dia, na estação...
Sem redenção, intimidações

No prazer que faz escorrer
pelos cantos da boca,
nos gestos das mãos,
na ausência das limitações.

Nos permite ser entregues ao deleite
Perdemos senso, razão e nos isentamos de culpa
Saboreando...

A vida alheia
É sempre um prazer a parte
Pra quem é desprovido de arte.


T.
O conjunto das nossas experiências é que faz de nós o que somos, a soma dos defeitos e sobretudo as qualidades é que nos equaciona como seres humanos, uns mais outros menos, entretanto todos aprendendo, caminhando, buscando sonhos, construindo ilusões, desconstruindo idéias, fundamental para busca de outros amanhãs. Correndo com pés descalços atrás dos desejos mais infímos, das idéias mais descabidas, dos amores mais inusitados.

Assim somos nós, (fica a autorização para quem quiser fazer parte do nós) encantadoras lunáticas, em busca das raízes do próprio coração, do pulsar mais forte das emoções... Nesse vai e vem da vida, nessa busca incessante a gente vai e volta, a gente chora e ri, a gente sobretudo AMA e desses mil amares é que nos construímos e nos jogamos no mundo para ser e fazer FELIZ.

Diferentes nas formas mais muito parecidas na essência: na busca de ser feliz.
Amei algumas pessoas nessa vida, algumas se foram e junto com elas o sentido da relação, outras o amor mudou, brotou em outra árvore.


Hoje, verde e viva, com frutos maduros e de sombra deliciosamente confortável, somos sombra que abraça e acolhe.


T.

segunda-feira, 9 de março de 2009

O sentido da Vida.

Sim a realidade é dura, entretanto que graça teria se não fosse? Talvez a graça do gozo das noites sem compromisso ou das conversas em vão das mesas de bar (não que não sejam boas) ou ainda o vazio das tardes de domingo em companhia do Faustão. Realmente a vida precisa de um sentido mais amplo, confesso ainda não encontrei, contudo ando na busca.
Uma busca incessante, pouco prática e as vezes cansativa de querer um algo mais, um plus, um up, um, um, um... Davi. Insconscientemente essa talvez seja a minha resposta.
Esse chegou, se instalou e vem crescendo. Noites mal dormidas, algum cansaço, as vezes azia, sono, hormônios que passeiam dentro de mim, sem passaporte, autorização ou qualquer coisa que os legitime, a não ser a própria Natureza, suas explicaçãoes e respostas, nem sempre compreensíveis ou nem tanto assim, a exatidão da resposta, virá...
... impávido que nem Muhammad Ali
Virá que eu vi, apaixonadamente como Peri
Virá que eu vi, tranqüilo e infalível como Bruce Lee
Virá que eu vi, o axé do afoxé Filhos de Gandhi.
Virá...

Tenho fé, ela que me trouxe até aqui. Driblando altos e baixos. Enxugando lágrimas. Trocando os curativos dos machucados de dar murro em ponta de faca. Tranquilizando o sono após chuvas e trovoadas. Abrindo o sol, iluminando todos os amanheceres quanto possíveis da estrada em busca de um sentido à vida.
Vida... Palavra tão pequena e de significado tão imenso.
Crescer doi, já dizia minha mãe, entre outras coisas sábias que mães dizem, estão: que tudo passa, que tudo faz parte, que tudo tem seu tempo... sei lá se nessa ordem, fato é que elas tem razão.
Nós tão maduros e independentes, tão pró ativos e convictos, tão práticos e lógicos, conectados, deixamos de perceber ou perdemos a capacidade de ser frágeis e dependentes, sentimentais e bondosos, crédulos e fieis, de nos deixarmos levar pelas linhas tortas da escrita de Deus, de sobretudo AMAR. Essas ausências é que dificultam nossa breve existência, nos causam dores profundas, remendos no coração e dores nas pernas pela insensatez de corrermos tanto indo para tão longe, buscar o que sempre esteve dentro de nós. Isso é fala de mãe, pelo menos da minha.
Todos os dias há uma novidade: berço para comprar, maternidade para providenciar, faxineira nova à começar, trabalho a continuar, o silêncio de Ronaldo, as meninas, meus pais e toda sorte de coisas intangíveis e inusitadas. To me formando em administradora de crises... Sorte de Lula que administra uma "marolinha".
De pulo em pulo, ainda não to quebrando galho, apesar do peso, remendando talvez... Ah o tal sentido da vida...
E aquilo que nesse momento se revelará aos povos
Surpreenderá a todos não por ser exótico
Mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto
Quando terá sido o óbvio.


T.