
Há 4 anos atrás, a bicicleta que
ganhei de presente foi a maternidade e igualzinho a uma criança que não sabe
andar, fui bem devagarinho aprendendo a pedalar. Confesso que mais devagar do
que o presente exigia, mais as coisas são o que são e as pessoas também, no
caso eu, despreparada para essa intensa maluquice que é a maternidade.
Diferente de Davi que hoje, por
incrível que pareça, já domina as técnicas das pedaladas, eu cai vááááááárias
vezes, ralei muito os joelhos e cotovelos, tive escoriações sem fim, sem contar
as noites sem dormir e a sensação de impotência ao lado da maca no hospital:
tombos que renderam pontos, uma pneumonia e as incontáveis febres emocionais.
Raro momento em que me sinto fragilizada, o hospital. No mais, esparadrapo e
merthiolate to nova.
A maternidade é como andar de
bicicleta devagar e sempre, observando as curvas e mantendo a atenção para não
precisar usar os freios bruscamente e ainda assim a possibilidade de quebrar a
cara e as pernas é bem grande.
Tenho me esforçado para pedalar
na velocidade que os 4 anos de Davi exigem e eles exigem, é uma energia, uma
vitalidade, uma alegria e contentamento sem tamanho e isso enche minha existência de COR e VIDA.
Cada manhã é uma novidade, cada
dia é uma descoberta e junto com ela a satisfação de poder compartilhar comigo,
vulgo sua mãe.
Hoje 4 anos depois do susto saber que estava grávida, AGRADEÇO a Deus esse presente e também todos os tombos vindos com ele, porque definitivamente depois de Davi eu sou uma pessoa muito
melhor. Obrigada meu filho EU TE AMO.
T.