segunda-feira, 9 de março de 2009

O sentido da Vida.

Sim a realidade é dura, entretanto que graça teria se não fosse? Talvez a graça do gozo das noites sem compromisso ou das conversas em vão das mesas de bar (não que não sejam boas) ou ainda o vazio das tardes de domingo em companhia do Faustão. Realmente a vida precisa de um sentido mais amplo, confesso ainda não encontrei, contudo ando na busca.
Uma busca incessante, pouco prática e as vezes cansativa de querer um algo mais, um plus, um up, um, um, um... Davi. Insconscientemente essa talvez seja a minha resposta.
Esse chegou, se instalou e vem crescendo. Noites mal dormidas, algum cansaço, as vezes azia, sono, hormônios que passeiam dentro de mim, sem passaporte, autorização ou qualquer coisa que os legitime, a não ser a própria Natureza, suas explicaçãoes e respostas, nem sempre compreensíveis ou nem tanto assim, a exatidão da resposta, virá...
... impávido que nem Muhammad Ali
Virá que eu vi, apaixonadamente como Peri
Virá que eu vi, tranqüilo e infalível como Bruce Lee
Virá que eu vi, o axé do afoxé Filhos de Gandhi.
Virá...

Tenho fé, ela que me trouxe até aqui. Driblando altos e baixos. Enxugando lágrimas. Trocando os curativos dos machucados de dar murro em ponta de faca. Tranquilizando o sono após chuvas e trovoadas. Abrindo o sol, iluminando todos os amanheceres quanto possíveis da estrada em busca de um sentido à vida.
Vida... Palavra tão pequena e de significado tão imenso.
Crescer doi, já dizia minha mãe, entre outras coisas sábias que mães dizem, estão: que tudo passa, que tudo faz parte, que tudo tem seu tempo... sei lá se nessa ordem, fato é que elas tem razão.
Nós tão maduros e independentes, tão pró ativos e convictos, tão práticos e lógicos, conectados, deixamos de perceber ou perdemos a capacidade de ser frágeis e dependentes, sentimentais e bondosos, crédulos e fieis, de nos deixarmos levar pelas linhas tortas da escrita de Deus, de sobretudo AMAR. Essas ausências é que dificultam nossa breve existência, nos causam dores profundas, remendos no coração e dores nas pernas pela insensatez de corrermos tanto indo para tão longe, buscar o que sempre esteve dentro de nós. Isso é fala de mãe, pelo menos da minha.
Todos os dias há uma novidade: berço para comprar, maternidade para providenciar, faxineira nova à começar, trabalho a continuar, o silêncio de Ronaldo, as meninas, meus pais e toda sorte de coisas intangíveis e inusitadas. To me formando em administradora de crises... Sorte de Lula que administra uma "marolinha".
De pulo em pulo, ainda não to quebrando galho, apesar do peso, remendando talvez... Ah o tal sentido da vida...
E aquilo que nesse momento se revelará aos povos
Surpreenderá a todos não por ser exótico
Mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto
Quando terá sido o óbvio.


T.

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