terça-feira, 3 de abril de 2012

Intervalos e brechas.




Há tempo para todas as coisas, mesmo que ele não nos de tempo para algumas pessoas,  para outras ele é vivido com tamanha paixão e intensidade que mesmo findo não se acabam... pois como o tempo são tão maiores que nós que se eternizam...
Outras tantas, passam corpo, alma e pensamento e se fazem a tempo e a hora imperceptíveis, ainda que o tempo ao nosso lado seja longo...
Hoje entre os prédios e o trânsito, num caminho conhecido pelos anos da rotina, achei uma brecha e nela o mar...  azul, lindo e imenso... numa fenda dentro da brecha do tempo... um laivo de segundos pra me sentir renovada e agradecida.
As brechas e o intervalo das contrações, como contaria *Carol, é o quando a vida aliada ao tempo nos permite o “para pra acertar”... sei lá há quanto tempo impedi as dores e as lágrimas que o tempo me permitiu esvaziar.
Foi numa brecha de tempo... numa conversa de café... que todo um mundo descortinou, a perda de um tempo precioso, transbordou em culpas e decepções, dum tempo que já se foi e na expectativa de outro tempo, que no mais profundo de mim deseja a repetição do antigamente...
As últimas semanas foram inexplicáveis, as perdas irreparáveis e as lições há que serem aprendidas por toda vida.
A intensidade dos dias se diluíram nos entraves da renovação das horas, mesmo assim, a sensação de que algo late bem ao fundo das minhas paisagens me alerta de que é necessário aprender a viver, conviver e amar sem reservas ou regras, sem medos ou receios, sem vacilo e jamais entre as brechas.
Perdão. Amor. Reconciliação. Renascimento, afinal é Páscoa.
T.




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