Intervalos e brechas.
Há tempo para todas as coisas,
mesmo que ele não nos de tempo para algumas pessoas, para outras ele é vivido com tamanha paixão e
intensidade que mesmo findo não se acabam... pois como o tempo são tão maiores
que nós que se eternizam...
Outras tantas, passam corpo, alma
e pensamento e se fazem a tempo e a hora imperceptíveis, ainda que o tempo ao
nosso lado seja longo...
Hoje entre os prédios e o trânsito, num caminho conhecido pelos anos da rotina, achei uma brecha e nela o
mar... azul, lindo e imenso... numa fenda
dentro da brecha do tempo... um laivo de segundos pra me sentir renovada e
agradecida.
As brechas e o intervalo das
contrações, como contaria *Carol, é o quando a vida aliada ao tempo nos permite
o “para pra acertar”... sei lá há quanto tempo impedi as dores e as lágrimas que
o tempo me permitiu esvaziar.
Foi numa brecha de tempo... numa
conversa de café... que todo um mundo descortinou, a perda de um tempo precioso,
transbordou em culpas e decepções, dum tempo que já se foi e na expectativa de outro
tempo, que no mais profundo de mim deseja a repetição do antigamente...
As últimas semanas foram inexplicáveis,
as perdas irreparáveis e as lições há que serem aprendidas por toda vida.
A intensidade dos dias se diluíram
nos entraves da renovação das horas, mesmo assim, a sensação de que algo late
bem ao fundo das minhas paisagens me alerta de que é necessário aprender a
viver, conviver e amar sem reservas ou regras, sem medos ou receios, sem vacilo
e jamais entre as brechas.
Perdão. Amor. Reconciliação.
Renascimento, afinal é Páscoa.
T.
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