sexta-feira, 10 de outubro de 2014

A saga da fantasia.




Tem dias que simplesmente me atropelam. A manhã foi tranquila, guardada as devidas proporções de uma casa que tem criança..

Antes da xícara de café habitual, já na secretaria, fui interpelada por uma pergunta simples: E ai Te qual a programação de domingo? Domingo? Respondi eu. Sim Teresa o munda esta se mobilizando para o dia da criança. Com a minha habitual clareza respondi: Nenhuma, tudo vai estar cheio, lotado, um inferno de gente em todos os lugares, pra semana a gente vai ao cinema ou ao teatro ou a praia, domingo nem pensar! 

Imediatamente lembrei que o dia da criança aqui de casa, ainda faltava a fantasia e o presente. A fantasia, bem pensei eu, já tinha corrido shopping e os armários atrás de uma ideia que agradasse a ele e a mim. O presente nem sequer pensei, ou melhor, ele quer um patins, eu não quero pernas ou braços engessados, ou seja, ainda precisamos entrar num acordo. Quando? Ainda não sabemos...

Hoje foi o dia da "Saga da Fantasia." Corri a Av. Sete, Rua do Paraíso, Le Biscuit e a única loja que achei com preço honesto, como diria minha irmã, não aceitava cartão de débito e o banco do Brasil mais próximo, fechado. Um pensamento brota com uma naturalidade espantosa: Maternidade é uma "coisa" que da trabalho. 

Diminui o ritmo da caminhada, já estava atrasada pra aula, a fantasia que eu queria não ia rolar, então fui caminhando entre as barracas de fruta, de bolsas e ambulantes. Adoro essa confusão do centro da cidade: Olha a uva R$ 1,00... Me da vontade de lavar tudo, a uva, a penca de banana, as 7 maças, os pacotinhos de batata e os nuguets de validade duvidosa. 

Me restava respirar e vasculhar pelo mundo de dentro de mim o famoso Plano B. Nessa altura minhas penas me levaram para as Lojas Americanas e lá me esperando reluzente estava uma fantasia de esqueleto, eu olhei pra ela com um muxoxo, depois consultei as horas 18:55, que mais senão pegar um chocolate, se dirigir ao caixa e finalmente chegar na aula?. 

Voltei pra casa sem as frutas ou os nuguets, mas com a fantasia nas mãos. Lá meio envergonhada falei: Olha "B" mamãe trouxe sua fantasia. Lá vem ele, gaiato todo vida, pegou o esqueleto na mão e respondeu cantarolando pela casa: Eu tenho uma fantasia de esqueleto, minha mãe me deu uma fantasia de esqueleto... Aquela felicidade tão inocente, aquela leveza de pra quem tudo é simples, transformaram "A Saga da Fantasia" em mais um capitulo da incrível aventura da maternidade.
T

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