quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Liberdade, eleições e respeito

Quando recebi o vídeo abaixo, motivo pra essas "mal traçadas linhas", sabia que não deveria abri-lo. Deixei para excluí-lo depois, ah se ouvisse minha intuição...

Na onda precedida de Mariana Silva, aborto e Paulo Preto estamos nadando no mar das eleições, mar esse, revolto e de céu tempestuoso, onde peixes pequenos se escondem por dentre os corais, grandes mostram as escamas e quem de peixe nada entende, fica cada dia mais abismado com a falta de respeito à natureza humana e as conquistas amplamente adquiridas com o exercício da democracia.

O Brasil vive um momento de ebulição na sua história política, estamos na eminência de eleger uma mulher para presidência da republica e ao mesmo tempo vivemos a contradição de conspurcar a liberdade conquistada, quando perdemos sistematicamente a capacidade de discernir, entre o que é engraçado, o que é de mau gosto e o que simplesmente não trás acúmulos intelectuais, políticos ou sociais.

A liberdade de imprensa, conquista do longínquo período da ditadura, é “tudo de bom”. Poder confrontar a gama de informações diárias, poder concordar, discordar ou simplesmente não opinar e não ser julgado, é sinal de crescimento, amadurecimento e acima de tudo da capacidade de respeitar as diferenças, além de poder formular opiniões concretas e condizentes a realidade.

O respeito que advém dessa liberdade é o que poderia atestar nosso crescimento enquanto povo, nação em formação e crescimento. Diferente disso é o que temos testemunhado nos jornais e TVs, sem contar na avalanche de e-mails recebidos diariamente, que difamam, aviltam e vilipendiam pessoas e instituições. A troco de que estamos vendo/vivenciando o mais desenfreado, desleal e cruel processo eleitoral pelo qual esse país já passou?

A troco de legitimar a degeneração do caráter dos homens, que em nome de seus próprios nomes tem nos mostrado a ferocidade dos grandes interesses capitalistas, usando um processo legitimo, que é DEMOCRACIA.

O vídeo em questão, nada tem haver com a discussão de programas de governo ou sobre manter a soberania nacional ou fala de como erradicar a pobreza ou demonstra um plano estratégico para melhorar qualitativamente ou quantitativamente o ensino ou comenta que tivemos avanços para as populações mais carentes e propõe outras alternativas que inclementem o PAC ou ainda trata da modernização e melhora da qualidade no atendimento do SUS, ele é um retrato estéril e desrespeitoso que ultrapassou os limites da comédia. Infelizmente alguns comunicadores, se podemos chamá-los assim, usam a Arte de maneira equívocada para expressar suas opiniões sobre questões urgentes que fazem parte da pauta do crescimento nacional.

O dia das eleições cai exatamente no dia das bruxas, uma coincidência feliz contra aqueles, que fazem do humor uma arma para debochar das próprias mazelas.

Esse vídeo do He-Mam (lembram) ilustra o que viveremos após as eleições "... o bem vence o mal... " http://www.youtube.com/watch?v=MnN3eQ07J00&feature=related

T.

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